sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Enquete revela que 92% acham que ação militar é amarga, mas necessária


Em sondagem realizada em perfil de Facebook, https://www.facebook.com/erodriguesteixeira a maioria dos participantes que votou considerou que a ação militar no Rio de Janeiro é necessária, apesar de amarga e, 8% consideram que a maneira de agir dos militares é um exagero. A enquete fica no ar por mais cinco dias. 

A sondagem pergunta: O Rio de Janeiro vive o drama da violência associada ao tráfico de drogas, e medida extrema foi tomada como reação a gravidade da atual situação. De que maneira você avalia a atuação da força militar: 

1. Amarga, mas necessária;
 2. Exagero. Não é para tanto. 

Alguns expressaram sua opinião, além de dar o voto nas opções sugeridas, como é o caso de Jacque Reis Rocha que observou: "Necessária é, agora, se vai funcionar é outra história".  

A sondagem surgiu no sentido de observar as críticas postadas nas redes sociais onde crianças aparecem tendo suas mochilas revistadas por soldados armados. 

Outras opiniões sugerem que os pais devem orientar a seus filhos que a ação dos soldados ocorre porque traficantes usam crianças como "mulas" para transportar drogas e se tornar auxiliares de criminosos. 

"É como um remédio ruim de tomar, mas é necessário para combater uma doença; é preciso passar para os filhos que os ruins são os criminosos que matam, roubam e ferem e trazem a desordem para a sociedade."




terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

"Ele não era criminoso, fez muita coisa por mim", diz vizinho de traficante morto

         Em vídeo publicado no portal G1, um homem que dizia conhecer Gegê do Mangue desde criança, afirmou que o traficante não era criminoso, mesmo depois de ter sido lembrado de que ele pertencia a uma facção criminosa de São Paulo. 

"Eu já fiz muita coisa por ele, e ele por mim" - referindo-se a ajuda em dinheiro que recebeu e que também dava ao traficante.  

"Ele não era criminoso, era meu amigo" - afirmou o ex-vizinho, chorando ao lembrar do momento em que recebeu a notícia de sua morte no Ceará.  "Isso foi coisa mandada" - disse indignado, levantando acusação de que não era só o Gegê que participava da facção PCC, e que ele era o segundo. "O Marcola também é do PCC", tentando minimizar a responsabilidade do amigo traficante.  

          Parece que em nosso país não é possível considerar alguém criminoso, se o crime que comete é contra os outros. Essa parece ser uma tendência em todas as esferas, até mesmo na política. A frase do vizinho de Gegê é um exemplo disso: "Ele não era criminoso, já fez muita coisa por mim". Ou seja, fazer bem ou prestar favores a alguém significaria isentá-lo das responsabilidades dos crimes que pratica paralelamente. 

A polícia que investiga a morte do traficante suspeita de que seu assassinato ocorreu porque ele estaria desviando dinheiro das operações que comandava. 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Apóstolo se jacta de sua magia negra e ameaça opositores

           
Ele já comemorou a doença do jornalista que fez matéria sobre uma fazenda adquirida com dinheiro dos fieis. Diante das câmeras que transmitem suas reuniões para a televisão, Valdemiro Santiago perguntou à plateia se eles sabiam o que estava acontecendo com o jornalista, sem citar o nome. "Ele me perseguiu, e agora o demônio está comendo o fígado dele" - comemorou com ar de vitorioso. O autoentitulado apóstolo se referia a Marcelo Rezende que morreu de câncer alguns meses depois,  pois os fatos levavam a essa conclusão. 

Em episódio recente, o religioso amaldiçoou um policial militar que publicou vídeo criticando a forma como o apóstolo explora a boa fé das pessoas. "Você é um verme, um perdedor" - disse em tom raivoso. 

Recentemente, o episódio envolveu um ex-aliado, o Bispo Salviano que servia em sua igreja e resolveu criar o próprio ministério como acontece com a maioria deles.  "Vou entregar você a satanás; você vai perder a proteção" - ameaçou.  Valdemiro afirmou que está sendo vítima de perseguição. Mas, perseguição para líderes religiosos como o apóstolo, significa o racha que divide os fieis, prejudicando o volume de suas arrecadações. 

Estudiosos consideram que desejar o mal aos outros e agir de algum modo para que o mal aconteça, é praticar "magia negra". 

É possível perceber nas expressões e no tom da fala do apóstolo, que sua amizade está mais próxima do diabo do que de Deus.

 "Para alguém dizer que entregará o outro a satanás, é preciso ser amigo de satanás ou ter parte com ele". 

Não é preciso ser entendido de Bíblia para perceber que esse comportamento não é digno de quem fala em nome de Deus. Se os frequentadores de sua igreja ou fieis não conseguem perceber esse espírito, é porque já foram envolvidos por seu feitiço. 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Distribuindo riquezas

            
Quando ouço discurso político de distribuição de riquezas, também penso de que maneira isso pode ser algo real ou apenas um discurso populista para despertar uma falsa esperança naqueles que esperam que assim aconteça. Por outro lado, surge um questionamento: como politicamente alguém teria o poder de "distribuir" aquilo que pertence a uma nação, senão com objetivos particulares voltados para um projeto perpétuo de poder?

Se entendemos que a riqueza é produzida pelo país como um todo, portanto, não pertence a um governante, como legitimamente alguém poderia "distribuí-la" de maneira justa, imparcial, ao mesmo tempo respeitando o que é público e o que é privado? 

    É um discurso perigoso pois, na realidade, quem afirma que distribuirá riqueza entende que a riqueza pertence a si, e por isso pode transferi-la, não de acordo com as necessidades de quem as recebe, mas segundo seus planos de ação. 

    Mas a quem pertence as riquezas de um país, a não ser a seu povo? Fazer com que os menos favorecidos tenham acesso a essas "riquezas" jamais poderia ocorrer sob o viés político ideológico, pois a partir desse ponto, iniciaria-se uma luta entre uns e outros, atropelando-se e acotovelando-se para aliar-se aos defensores dessa ideologia e, assim, garantir acesso exclusivo, como se o objeto partilhado fosse de propriedade particular. 

   Já tive oportunidade, em um momento de minha vida, de alimentar galinhas todos os dias pela manhã. As aves se acostumaram comigo e, sempre que eu me aproximava da porta de onde elas estavam, corriam todas em minha direção sabendo que eu as alimentaria. Os pintinhos que passavam pelas aberturas menores chegavam até os meus pés, bicando meus dedos. Quando eu abria a porta para as galinhas saírem, elas me acompanhavam, pois eu tinha nas mãos o que elas queriam. Então, eu jogava o milho para a esquerda, elas corriam para lá; jogava para a direita e, do mesmo modo, elas iam em direção à comida. Na verdade, eu as tinha sob o meu controle exatamente por ter em mãos o que elas queriam. 

    O problema da distribuição não reside na distribuição propriamente dita, mas nos interesses de quem pretende distribui-la. 

Por outro lado, administrar no sentido de garantir o acesso aplainando o caminho, é bem diferente de carregar nas costas e, assim, tornar-se necessário pela "dívida" gratidão. 

Mas ainda existem aqueles que colocam prego pelo caminho para furar os pneus dos carros, porque são sócios da borracharia da beira da estrada. Não há nada mais lucrativo para os maus intencionados que provocar o caos para fortalecer suas ideias e beneficiarem-se delas. Observe se aqueles que lhe dão o alimento tem o único interesse de levar você para onde querem. Não observe apenas o alimento, mas preste atenção em suas mãos; tente perceber o que está por trás de suas palavras e o que seu rosto esconde. Se isso é algo quase impossível, desconfie. O que é bom para você, nesse sentido, é preciso ser bom para todos. 

Senão, não passa de jogada política que usa sempre os mais fracos para se fortalecer.  



domingo, 4 de fevereiro de 2018

Em se plantando tudo dá!

         
Lembro-me quando aquele homem me procurou pela primeira vez na rádio a procura de ajuda. Ele me disse que estava desempregado e que lhe faltava comida em casa.

Conseguimos ajudá-lo por meio de um apelo no ar, depois que conversei com ele, com o objetivo de levar ao conhecimento dos ouvintes o drama que aquele desempregado enfrentava.

O telefone da rádio tocou após o apelo, e vários foram os telefonemas de ouvintes dispostos a ajudá-lo. Providenciamos meios para arrecadar os alimentos doados e o entregamos. 

Passados alguns dias, o mesmo homem voltou para fazer um novo pedido e, do mesmo modo, o atendemos.

Da terceira vez, ele fez um novo pedido. Na tentativa de ajudá-lo mais efetivamente aprofundei minha conversa com ele. Aquele homem morava numa espécie de sítio, num barraco simples e havia terra para cultivar. Perguntei a ele se havia alguma plantação na terra onde morava. Ainda em nossa conversa, o perguntei se tinha interesse de receber algumas sementes para plantio, ou alguma ajuda para cultivar a terra e, assim, pelo menos poderia ter algo que pudesse futuramente comer, e até vender. 

      Ele ficou desconcertado com a conversa, pareceu-me não ter interesse em receber aquele tipo de ajuda que, certamente, poderia libertá-lo de pedidos futuros. Foi a última vez que aquele homem foi à rádio me procurar para pedir comida. 

Lembrei da história que meu pai contava do meu avô Chico, que tinha uma grande área plantada para o consumo da família. Alguns moradores próximos, que mesmo tendo terra não plantavam, por vezes iam procurá-lo para pedir ajuda. E ele nunca negou.

A terra é generosa em sua produção
"Esse aqui é para você levar para comer; e esse aqui é para você plantar" - dizia meu avô, dando as instruções de como deviam fazer. "Se plantarem, daqui alguns meses também estarão colhendo"- reforçava. 

     Eu ainda fico impressionado quando vejo pessoas passando fome nos rincões desse país e sequer podemos ver um pé de couve no quintal. Quem mora em regiões interioranas, ou longe dos centros urbanos, e gozam do privilégio de ter em volta um pedaço de terra para plantar, nem que seja para o próprio consumo, não deveriam ter o direito de reclamar a falta do que comer. 

     Digo isso porque já morei em casa com quintal. Não faltavam pés de milho; a mandioca; a abobrinha; a batata-doce; o quiabo e hortaliças como couve, alface, entre outros. Em nossa vizinhança conheci o Lula, que vendia couve num carrinho de mão e, futuramente, inaugurou uma mini mercearia. 

    É possível que aqueles que reclamam, assim o fazem como consequência do acesso ao conhecimento de uma realidade que enxergam do lado de fora, distante daquela em que vivem e, iludidos,  passam a desejar uma vida da qual também teriam direito, mas sem condições mínimas de administrá-la longe de seu cercado, e em outras frentes, por vários motivos.

Quando observamos a maneira como se exploram as dificuldades dessas pessoas, levando-as a lamentarem pelo despertamento de seu estado de calamidade sem, contudo, apresentar a elas uma alternativa dentro de sua própria realidade, e o que podem fazer com o que tem em mãos, entendemos que poucos há que se interessam pela situação calamitosa que outros vivem, a não ser a exploração política e ideológica, que não contribui para que essas pessoas mudem de vida. Acabam tendo que "eleger" um inimigo para atacarem, roubando-lhes as energias para olharem para suas próprias potencialidades e capacidade de superação.

As desigualdades sociais existem. Mas se cada um fosse ensinado a viver essas diferenças como uma fase que pode ser superada pelo esforço, trabalho, planejamento e ação, não haveria tanta reclamação e tantos protestos levantados por ideologias políticas. Cada ser humano possui potenciais adormecidos, que podem ser úteis se o indivíduo for liberto da escravidão ideológica ao apregoar que, "a culpa da pobreza e miséria de uns, é da riqueza e prosperidade dos outros".  
     

Se não por ingenuidade, a crise é proposital e de cunho político

              Eu vivi num tempo, não muito distante, em que muitos usavam essa frase retórica: “De que adianta ter carro e não ter di...