Em vídeo publicado no portal G1, um homem que dizia conhecer Gegê do Mangue desde criança, afirmou que o traficante não era criminoso, mesmo depois de ter sido lembrado de que ele pertencia a uma facção criminosa de São Paulo.
"Eu já fiz muita coisa por ele, e ele por mim" - referindo-se a ajuda em dinheiro que recebeu e que também dava ao traficante.
"Ele não era criminoso, era meu amigo" - afirmou o ex-vizinho, chorando ao lembrar do momento em que recebeu a notícia de sua morte no Ceará. "Isso foi coisa mandada" - disse indignado, levantando acusação de que não era só o Gegê que participava da facção PCC, e que ele era o segundo. "O Marcola também é do PCC", tentando minimizar a responsabilidade do amigo traficante.
Parece que em nosso país não é possível considerar alguém criminoso, se o crime que comete é contra os outros. Essa parece ser uma tendência em todas as esferas, até mesmo na política. A frase do vizinho de Gegê é um exemplo disso: "Ele não era criminoso, já fez muita coisa por mim". Ou seja, fazer bem ou prestar favores a alguém significaria isentá-lo das responsabilidades dos crimes que pratica paralelamente.
A polícia que investiga a morte do traficante suspeita de que seu assassinato ocorreu porque ele estaria desviando dinheiro das operações que comandava.
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