A "ira de Deus" tem sido um tema controverso para algumas correntes filosóficas, partindo do princípio de que Deus é amor. O documentário "A Bíblia Proibida" do canal History ouviu estudiosos no assunto sobre vários episódios bíblicos como o dilúvio universal, a torre de Babel, entre outros que tinha o "protagonismo" de Deus como incitador de atos violentos para estabelecer sua vontade.
O rabino Abraham Tobal considerou que, nos tempos de Noé, a ira de Deus ocorreu por causa de uma degeneração e corrupção absoluta. "Isso Deus não pode suportar" - disse.
A torre de Babel construída pelos descendentes de Noé foi considerada como a ânsia do homem de querer se aproximar de Deus por seus próprios esforços. A construção da torre irou a Deus.
Para o historiador Felipe Pigna "o Deus da Bíblia não é bom". "É um Deus que nos provoca temor, daí nós temos que obedecê-lo e render culto porque tem todo poder e pode nos prejudicar" - considerou.
"Quando o homem faz escolhas ruins, Deus sempre aparece como um pai que corrige" - afirmou Jorge Bustamante, lic. em teologia bíblica gregoriana.
"No antigo testamento a necessidade de se estabelecer o Estado, uma comunidade, os obriga a estabelecer regras muito claras que podem parecer drásticas, intolerantes, mas que na verdade são regras que querem apenas evitar violências piores, na medida em que não foi executado o que se pedia naquele momento" - afirmou o teólogo.