quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Ano de eleição é sempre a mesma coisa

           
Tempo de eleição é sempre a mesma coisa: espionagem, dossiê disso, daquilo; quebra de sigilo de um e de outro; acusações, mentiras. Isso já é esperado quando se trata da busca pelo poder ou para se manter no comando.  Vivemos num regime democrático, mas de liberdade vigiada. 
Os vigiados "são sempre suspeitos", e os suspeitos já são apontados como culpados. E sempre leva vantagem quem tem "olho maior",  maior alcance e que pode dominar por toda  parte, usando até mesmo o poder de instituições e de todo aparato oficial, para frear a marcha dos que vem como ameaça para seu projeto de poder. O jogo é ganho por aquele que tem mais poder de fogo. E quem está no poder sabe a força que tem de manipular, de tornar as coisas favoráveis aos seus interesses, muito mais ainda, onde a moral e a justiça tem preço. E o poder parece ter sempre razão; não comete erros, nem crimes: as vítimas de espionagem e de  sigilos quebrados é que devem explicações. Quem pensava que a ditadura acabou pode estar enganado. Esse sistema está vivo, inteligente e mais aparelhado. Por causa disso pode se disfarçar com mais facilidade pelo poder da retórica e instrumentalização dos meios de comunicação. 
Num país em que "pau que bate em Chico, não bate em Francisco", a justiça aplicada torna-se até questionável para muitos. Por outro lado, num país em que eleitor vota com o estômago, o que importa tudo isso? Para o eleitor, funciona a máxima: "Farinha pouca, meu pirão primeiro". Esse assunto não faz parte de sua realidade que se resume num prato de arroz com feijão. E essa "guerra fria" fica apenas no âmbito das disputas eleitorais daqueles que continuam manobrando em seu mundo paralelo para manter seu poderio. 
Elias Teixeira - MTb 00768-RJ

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