terça-feira, 24 de abril de 2018

A Justiça Divina


É preciso entender claramente o que é do homem e o que é de Deus. Mesmo reconhecendo que Deus é o dono de todas as coisas e nada foge ao seu conhecimento, Ele não interfere nos atos praticados pelos homens, a não ser para fazer valer a sua justiça por meio de instrumentos humanos para reconstruir ou restabelecer sua ordem.  

         Quando o assunto gira em torno da identidade de Deus, no sentido de torna-lo reconhecido entre outros, a manifestação é do próprio Deus diante dos homens para que o mundo O reconheça através de sinais objetivos e subjetivos em circunstâncias diversas.  

      Sem uma identificação característica que nos remetesse a Deus, jamais entenderíamos a verdade; não teríamos um ponto de partida, uma referência; não poderíamos despertar em nós o discernimento entre o bem e o mal por meio de uma consciência que acusa tudo aquilo que praticamos. Quando o homem não dá importância à "voz da consciência" no sentido de advertir a necessidade de uma mudança de atitude, sem dúvida, haverá uma consequência materializada,muitas vezes traumática. 

O agir de Deus é tão presente e natural que não depende necessariamente de interferências humanas e materiais pois Ele age, primeiro, na consciência que também é despertada pela palavra que ouvimos; pela verdade revelada; por ensinamentos e pela exortação.  

 Relatos bíblicos apontam que, muitas vezes, os homens serviram apenas de condutos para que esse agir de Deus acontecesse para despertar mentes adormecidas ou cauterizadas pela mentira.  

No plano de Deus, Ele não aceita que a sua justiça seja confundida por vingança, nem o seu amor por condescendência com o erro; não permitirá que os homens falem em seu nome o que Ele nunca afirmou; que chamem o bem, mal, e o mal, bem. 

          Foi assim que Deus agiu por meio do profeta Elias diante de um povo idólatra que não reconhecia o Deus verdadeiro. O agir de Deus aconteceu num momento em que seu nome era colocado a prova. Em nome de Deus, Elias venceu os profetas de Baal; foi assim com Moisés durante o período em que esteve no Egito para libertar o povo escolhido de Deus, escravizado e humilhado pelo Faraó. Era a identidade de Deus que estava sendo colocada a prova e Ele respondeu de maneira que todos entendessem que sEu era o poder e o domínio; do mesmo modo Deus agiu com os três jovens na fornalha ardente que não se curvaram em adoração à imagem do rei Nabucodonosor. 

          Neste mundo não estamos livres dos embates em todos os segmentos da vida, seja em relação à política, às nossas relações sociais no meio em que atuamos; em nossas confissões e profissões, entre tantas outras coisas nas quais estamos envolvidos. Se agirmos em conformidade com as orientações de Deus, seremos vencedores pois, em nome de Deus, a luta deixa de ser nossa; aqueles que se levantarem contra nós, estarão se levantando contra o próprio Deus que não se deixa escarnecer. A bandeira daquele que decide servir a Deus, jamais trará a estampa de sua própria ideologia, de suas cores e preferências, mas trará as marcas da justiça divina que se manifestou por Cristo em favor de toda a humanidade. 


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